A Operação Boiúna, coordenada pela Polícia Federal (PF), alcançou a marca de 98 dragas destruídas no Rio Madeira, no Amazonas, durante ação de combate ao garimpo ilegal. A operação, que se estende pelos municípios de Humaitá, Manicoré e região de Rondônia, apresentou resultados significativos após dois dias de atividades.
No primeiro dia de operação, foram destruídas 71 dragas no Amazonas, seguidas por mais 27 no segundo dia. Considerando as ações nos dois estados, o número total de equipamentos inutilizados chegou a 177. As dragas são estruturas flutuantes utilizadas para extrair minerais, principalmente ouro, funcionando como grandes aspiradores ou escavadeiras aquáticas em rios e leitos submersos.
* A Operação Boiúna conta com o apoio da Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional de Segurança Pública e outros órgãos, atuando sob ordem judicial da Justiça Federal no Amazonas.
* O Ministério Público do Trabalho (MPT) e o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) acompanham as ações para investigar denúncias sobre condições precárias de trabalho nas balsas.
* A operação integra um conjunto de ações de combate à mineração ilegal na Amazônia, iniciadas pela PF em 2023, com coordenação do Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia (CCPI Amazônia).
A destruição das balsas provocou protestos em Humaitá, resultando em confrontos entre garimpeiros e forças policiais. Como medida preventiva, a prefeitura do município suspendeu as aulas e paralisou os serviços públicos na terça-feira (16), devido ao risco de novos conflitos entre garimpeiros e agentes das forças de segurança.