Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, recebeu nesta segunda-feira (15) o Secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, para uma reunião estratégica. O encontro teve como principais pautas as consequências do recente ataque israelense no Catar e as possíveis negociações para um cessar-fogo na Faixa de Gaza.
A visita ocorre em um momento crucial, uma semana antes da reunião convocada pela França na ONU para discutir o possível reconhecimento do Estado palestino, proposta que Netanyahu rejeita categoricamente.
O ataque israelense no Catar, direcionado à liderança do Hamas, gerou desconforto diplomático com os Estados Unidos. “Obviamente, não estamos felizes com isso. O presidente não ficou feliz com isso. Agora temos que seguir em frente e averiguar o que vai acontecer em seguida”, declarou Rubio antes de sua viagem a Israel.
Donald Trump também expressou preocupação com a operação, afirmando que “O Catar tem sido um grande aliado. Israel e todos os outros, temos que ser cuidadosos. Quando atacamos pessoas, temos que ser cuidadosos”.
Como parte da agenda diplomática, Netanyahu e Rubio visitaram o Muro das Lamentações no domingo (14), local considerado o mais sagrado do judaísmo. Rubio, que é católico, utilizou suas redes sociais para expressar sua convicção de que Jerusalém é a “capital eterna” de Israel.
Netanyahu destacou que a visita de Rubio transmite uma “mensagem clara” do apoio americano a Israel, enfatizando que Trump é “o maior amigo que Israel já teve na Casa Branca”. Após uma visita às escavações sob o Muro das Lamentações, o primeiro-ministro israelense declarou que a aliança com os Estados Unidos “nunca foi tão forte”.
A agenda dos líderes também incluiu discussões sobre a ofensiva israelense na Cidade de Gaza, considerando o desejo expresso por Trump de encerrar o conflito na região.