A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta sexta-feira (5) que a mpox não é mais considerada uma emergência de saúde pública internacional. A decisão foi tomada após uma significativa redução no número de casos e mortes, especialmente nos países africanos mais afetados.
A mpox, doença viral da mesma família da varíola, caracteriza-se por manifestações cutâneas como pústulas, além de sintomas como febre e dores musculares. A decisão marca um momento importante no controle global da doença.
Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, explicou a decisão durante coletiva de imprensa: “Há mais de um ano, declarei a emergência de saúde pública internacional pela propagação da mpox na África, seguindo o conselho de um comitê de emergência”. Ele acrescentou que, após análise do comitê na quinta-feira, aceitou a recomendação de encerrar o status de emergência.
A mudança de status baseia-se principalmente na redução sustentada de casos em países severamente afetados:
* República Democrática do Congo, epicentro histórico da doença
* Burundi
* Serra Leoa
* Uganda
Apesar do fim da emergência internacional, Tedros alertou que “não significa que a ameaça tenha terminado, nem que nossa resposta vá ser interrompida”, indicando a necessidade de manutenção da vigilância.
A história da mpox remonta a 1970, quando foi identificada pela primeira vez na República Democrática do Congo. Por décadas, a doença permaneceu restrita a aproximadamente dez países africanos. No entanto, em 2022, a doença expandiu-se globalmente, atingindo países desenvolvidos onde o vírus nunca havia circulado anteriormente.