A apresentação de Mariah Carey no festival The Town, realizado no sábado (13) em São Paulo, gerou debates nas redes sociais sobre o uso de playback durante sua performance. Embora alguns espectadores tenham criticado a suposta dublagem, a realidade sobre o uso de sons pré-gravados em grandes shows é mais complexa do que parece.
Quem acompanhou o show presencialmente no Autódromo de Interlagos pôde constatar que a cantora de fato realizou apresentação ao vivo. A impressão de playback pode estar relacionada ao estilo característico de Mariah, que prioriza a técnica vocal em detrimento de movimentação no palco.
* O termo “playback” se refere tradicionalmente à prática de dublar sobre uma gravação, mas nos grandes shows atuais, seu uso é mais sofisticado
* Praticamente todos os artistas utilizam algum tipo de som pré-gravado em suas apresentações
* As bases gravadas funcionam como complemento ao que é apresentado ao vivo, especialmente em shows de grande porte
* No caso específico de Mariah Carey, sua performance combina canto ao vivo com vozes de apoio pré-gravadas
A diva do pop, reconhecida por sua capacidade vocal excepcional e alcance de notas agudas, mantém uma performance deliberadamente contida para preservar a qualidade de seu canto. Seus movimentos e expressões são calculados para garantir o melhor desempenho vocal possível.
Especialistas do setor, como Andreas Schmidt da Áudio Biz, Victor Pelúcia, engenheiro de som, e o produtor Zegon, confirmam que o uso de bases pré-gravadas é uma prática padrão em grandes eventos musicais. Esta técnica não significa necessariamente que o artista esteja fingindo cantar, mas sim utilizando recursos complementares para enriquecer a apresentação.
No caso específico de Mariah Carey, mesmo quando há vozes de apoio, ela mantém uma postura característica, sem tentar disfarçar os momentos em que utiliza recursos gravados – diferentemente de outras artistas que fazem questão de evidenciar quando estão ou não cantando ao vivo.