O presidente venezuelano Nicolás Maduro declarou que seu país está enfrentando uma “agressão” e não apenas “tensões”, durante coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (15). Em meio ao crescente clima de hostilidade com os Estados Unidos, Maduro tomou medidas significativas para fortalecer a defesa nacional.
Em resposta à presença de navios de guerra americanos no Caribe, Maduro convocou reservistas, milicianos e jovens alistados para treinamentos militares em todo o país. As medidas incluem:
* Convocação imediata para treinamento em quartéis, com foco especial em técnicas de tiro e preparação militar básica.
* Mobilização de 25 mil efetivos das Forças Armadas para estados fronteiriços com a Colômbia e o Caribe.
* Ativação da Milícia Bolivariana, corpo armado civil que conta com aproximadamente 212 mil efetivos, segundo o Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS).
A tensão escalou após os Estados Unidos enviarem oito navios de guerra e caças F-35 para o sul do Caribe, alegando combate ao narcotráfico internacional. Maduro, no entanto, interpreta a movimentação como uma tentativa de interferência em governos latino-americanos.
“Todas as armas que a República possui para se defender — fuzis, tanques e mísseis — foram mobilizados por todo o país para defender nosso direito à paz. Quem quer paz, prepare-se para defendê-la”, declarou Maduro durante pronunciamento.
Especialistas militares indicam que, apesar dos números oficiais, apenas cerca de 30 mil milicianos estão adequadamente treinados e armados na força bolivariana, que é composta principalmente por aposentados, funcionários públicos e membros do Partido Socialista.
“Os membros da comunidade, milicianos, reservistas, jovens e pessoas que se alistaram bravamente serão destacados para as 312 unidades militares da Venezuela. Eles ficarão nos quartéis para receber o treinamento tático necessário”, afirmou o presidente venezuelano.