Em resposta ao aumento das tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos do Brics, os países membros do bloco se reuniram para discutir estratégias conjuntas e fortalecer a cooperação econômica. O presidente Lula destacou a importância do comércio e da integração financeira entre os países como forma de combater o protecionismo.
Durante o encontro, Lula enfatizou o potencial do Brics para desenvolver uma “industrialização verde”, aproveitando as complementaridades entre os países membros, que respondem por 42% da produção agropecuária mundial. O Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) foi apresentado como peça fundamental para a diversificação econômica e transição sustentável.
* Em relação à guerra na Ucrânia, o presidente brasileiro elogiou as iniciativas de diálogo, como a Iniciativa Africana e o Grupo de Amigos pela Paz, estabelecido por China e Brasil
* Sobre o conflito no Oriente Médio, condenou as ações de Israel na Faixa de Gaza e alertou sobre possível anexação da Cisjordânia, classificando como “urgente” o fim das operações militares contra palestinos
* Anunciou a adesão do Brasil à ação movida pela África do Sul contra Israel na Corte Internacional de Justiça
Na questão do terrorismo, Lula ressaltou que o fenômeno não deve ser associado a religião, nacionalidade ou questões de segurança pública. Criticou também a presença militar dos Estados Unidos no Caribe, considerando-a um elemento de tensão em uma região pacífica desde 1968.
O presidente brasileiro defendeu a reforma do Conselho de Segurança da ONU, propondo a inclusão de países da América Latina, África e Ásia. Alertou também para os desafios da governança digital e defendeu a soberania tecnológica como proteção contra interferências externas.
Na pauta ambiental, Lula propôs aos parceiros do Brics o apoio à criação de um Conselho de Mudança do Clima da ONU e antecipou o lançamento do Fundo Florestas Tropicais para Sempre durante a COP30, em Belém, visando remunerar serviços ambientais de países com biomas estratégicos.