O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi convidado e considera participar de uma importante conferência em Nova York, programada para 22 de abril, focada na defesa da criação do Estado Palestino. Esta possível participação ocorre em meio a tensões diplomáticas com Israel e Estados Unidos, posicionando-o em oposição a Binyamin Netanyahu e Donald Trump.
A conferência, uma iniciativa conjunta da França e Arábia Saudita, busca reunir países apoiadores da “solução de Dois Estados” para a crise israelo-palestina. O evento ganhou ainda mais relevância após o recente bombardeio israelense contra lideranças do Hamas em Doha, Catar, ação que foi fortemente condenada pelo governo brasileiro por violar território de um terceiro país.
* Na semana anterior, diversos países manifestaram na ONU amplo apoio à criação do Estado Palestino, condenando simultaneamente o ataque terrorista do Hamas que desencadeou o conflito em Gaza
* Israel e Estados Unidos boicotaram a iniciativa, com Netanyahu declarando que “não haverá um Estado Palestino” e defendendo a expansão de assentamentos israelenses
* O Itamaraty confirmou a provável participação de Lula na segunda edição da Conferência para a Solução Pacífica da Questão da Palestina
* O Brasil, junto com Senegal, presidiu um dos oito grupos de trabalho da Conferência, focado no direito internacional e implementação da solução de dois Estados
* A viagem de Lula aos EUA está programada para durar cinco dias
* Além da conferência sobre a Palestina, o presidente participará da Assembleia Geral das Nações Unidas
* O evento coincide com a Semana do Clima, que antecede a COP30
* A participação de Lula no evento pró-Palestina dependerá da presença de outros líderes globais
O discurso presidencial na Assembleia Geral, que marca os 80 anos da ONU, deve abordar temas como a crise do multilateralismo, reforma das instituições de governança, soberania nacional, questões climáticas, democracia e conflitos internacionais. Lula também deve se manifestar sobre os ataques de Israel e EUA ao Irã, a crise humanitária em Gaza e a guerra na Ucrânia.
O Brasil planeja ainda promover uma reunião em defesa da democracia em parceria com Chile e Espanha, além de discussões sobre a COP30 e o lançamento do Fundo Florestas Tropicais Para Sempre (TFFF).