Israel anunciou uma nova rota de fuga temporária para os palestinos da Cidade de Gaza, em meio a uma intensificação das operações militares na região. A medida surge após o início de uma grande ofensiva terrestre que visa “eliminar” o Hamas do território.
O Exército israelense iniciou na madrugada de terça-feira uma operação em larga escala contra a Cidade de Gaza, combinando bombardeios aéreos com avanço de tropas terrestres em direção ao centro da principal cidade do território palestino.
* A nova rota de passagem será aberta na estrada Salah al Din, que corta a Faixa de Gaza de norte a sul, permanecendo disponível por 48 horas a partir do meio-dia de quinta-feira (18).
* As Forças Armadas israelenses relataram que “mais de 150 alvos” foram atacados na cidade desde o início da ofensiva terrestre, estimando que entre 2.000 e 3.000 “terroristas do Hamas” estão refugiados no centro da Cidade de Gaza.
* Segundo dados da ONU, aproximadamente um milhão de pessoas residiam no final de agosto no maior centro urbano do território e em suas proximidades. O Exército israelense informou que “mais de 350.000” pessoas já fugiram para o sul.
A comissão internacional independente de investigação da ONU acusou Israel de cometer um “genocídio” em Gaza, atribuindo a responsabilidade ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e outros líderes israelenses. Israel rejeitou “categoricamente o relatório tendencioso e mentiroso”.
“Por que matar crianças que dormiam tranquilamente? Tiramos as crianças em pedaços”, relatou Abu Abd Zaqut, cujo tio residia na área atingida com a família.
A guerra em Gaza, iniciada após o ataque do Hamas em 2023, já resultou em mais de 64.900 mortos em Gaza, majoritariamente civis, segundo o Ministério da Saúde local. O ataque inicial do Hamas havia causado 1.219 mortes em Israel, principalmente de civis.