Governo de Minas determina auditoria em licenciamentos de empresas alvo da Operação Rejeito

Governo de Minas determina auditoria em licenciamentos de empresas alvo da Operação Rejeito

Zema anuncia revisão de todos os processos envolvendo grupo econômico investigado por fraudes ambientais e busca auditoria externa

O governo de Minas Gerais anunciou a abertura de uma auditoria nos processos de licenciamento ambiental das empresas investigadas pela Polícia Federal na Operação Rejeito, deflagrada na última quarta-feira (17). A investigação tem como principal alvo a Minerar S/A, parte de um conglomerado com mais de 40 empresas suspeitas de fraudar licenciamentos ambientais.

O governador Romeu Zema (Novo) declarou que a administração estadual é “a mais interessada nas apurações de possíveis crimes” e garantiu apoio integral às investigações. O vice-governador Mateus Simões (Novo) informou que “iniciamos, por ordem do governador, um processo de auditagem de todos os procedimentos de licenciamento dessas empresas, e vamos buscar uma auditoria externa”.

Desdobramentos da operação

* A operação resultou na prisão de diversos funcionários públicos, incluindo o presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha), diretores da Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam) e do Instituto Estadual de Florestas (IEF).

* Foram cumpridos 22 mandados de prisão temporária e 79 de busca e apreensão em Minas Gerais, com bloqueio de bens avaliados em R$ 1,5 bilhão.

* Entre os principais alvos estão os empresários Alan Cavalcante do Nascimento, apontado como líder do grupo, e seus sócios Helder Adriano de Freitas e João Alberto Paixão Lages.

A Secretaria de Meio Ambiente iniciou uma revisão interna na última semana e busca a contratação de uma auditoria independente. Segundo o vice-governador, “estamos criando um procedimento de revisão de processos em que os envolvidos tenham atuado, para que a gente possa ter segurança do que está acontecendo”.

De acordo com as investigações, o esquema envolvia pagamento de propina, manipulação de processos e uso de informações privilegiadas, possibilitando a exploração de minério em áreas tombadas e próximas a unidades de conservação, com risco de desastres ambientais.

O governo estadual também está discutindo medidas para buscar indenização pelos prejuízos causados. Até o momento, 15 dos 17 investigados com prisão preventiva decretada foram capturados, enquanto dois permanecem foragidos.

A Controladoria Geral do Estado já havia manifestado suspeitas sobre o esquema de corrupção e vinha realizando averiguações, com o governador expressando expectativa de uma “punição exemplar” para os envolvidos.

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