O Exército de Israel iniciou uma grande ofensiva terrestre na Cidade de Gaza, marcando uma nova escalada no conflito que já dura quase dois anos. A operação começou após o secretário de Estado americano, Marco Rubio, alertar que restam apenas alguns dias para alcançar um acordo com o Hamas.
A intensificação dos ataques contra a principal cidade do território, considerada um dos últimos redutos do movimento Hamas, tem gerado preocupação internacional devido à presença de centenas de milhares de civis na região.
* Um comandante militar israelense confirmou que “a ofensiva principal na Cidade de Gaza começou na noite passada”, estimando a presença de 2.000 a 3.000 “terroristas do Hamas” na região
* O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, declarou que o maior núcleo urbano do território está “em chamas” após os ataques
* Testemunhas relataram bombardeios “intensos e implacáveis” sobre a Cidade de Gaza, já largamente destruída
* Ahmed Ghazal, morador de 25 anos, relatou que “há muitas pessoas presas sob os escombros e podemos ouvir seus gritos”
* A Defesa Civil de Gaza reportou 27 mortos, principalmente na Cidade de Gaza
* Ataques contra um complexo residencial próximo à praça Al Shawa resultaram em “mortos, feridos e desaparecidos”
* A ONU determinou que um milhão de pessoas enfrentam situação de fome no território
Marco Rubio, durante sua visita a Israel, prometeu “apoio inabalável” dos Estados Unidos ao objetivo israelense de eliminar o Hamas em Gaza. Em seguida, visitou o Catar, considerado peça-chave nas negociações, afirmando que “se existe um país no mundo que pode ajudar a acabar com isto por meio de uma negociação, este país é o Catar”.
Uma comissão internacional independente da ONU acusou Israel de cometer “genocídio” em Gaza, alegando o objetivo de “destruir” os palestinos. Israel rejeitou veementemente o relatório, classificando-o como “tendencioso e falso”.
Desde o início do conflito, em outubro de 2023, o ataque do Hamas resultou em 1.219 mortes em Israel, majoritariamente civis. Das 251 pessoas sequestradas, 47 permanecem em cativeiro, sendo 25 consideradas mortas. A campanha israelense já causou mais de 64.900 mortes em Gaza, segundo o Ministério da Saúde local, números considerados confiáveis pela ONU.