Cuidadoras são indiciadas por furtar R$ 2 milhões de aposentado em Juiz de Fora

Cuidadoras são indiciadas por furtar R$ 2 milhões de aposentado em Juiz de Fora

Quatro mulheres são acusadas de furtar dinheiro de auditor fiscal aposentado em Juiz de Fora que estava debilitado e faleceu após infecção generalizada

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) indiciou quatro cuidadoras suspeitas de furtarem aproximadamente R$ 2 milhões de um auditor fiscal aposentado em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira. A vítima, de 62 anos, que sofria de mal de Parkinson, alcoolismo e problemas psíquicos, faleceu após uma infecção generalizada.

O caso veio à tona quando uma sobrinha da vítima, sua representante legal, descobriu as transferências indevidas e denunciou o crime à polícia em 7 de julho deste ano, três dias após o falecimento do idoso. As investigações revelaram um esquema criminoso que se estendeu por quatro anos.

Cronologia do Crime e Investigação

* Inicialmente, três mulheres eram investigadas com uma estimativa de prejuízo de R$ 1,5 milhão. Com o avanço das apurações, uma quarta cuidadora foi identificada, e o valor do furto foi atualizado para R$ 2 milhões.

* Segundo o delegado Rodolfo Rolli, “A conta dele ficou praticamente zerada. A sobrinha só descobriu isso porque o idoso precisou ser internado, sendo levado para um hospital da rede privada. No entanto, em decorrência da falta de pagamento do plano de saúde, que acabou cancelado, ele foi transferido para a rede pública, onde morreu”.

* As investigações ainda buscam esclarecer como as suspeitas obtiveram acesso às senhas bancárias da vítima. O delegado afirmou: “Ainda não sabemos como elas conseguiram ter acesso à senha bancária da vítima. É algo que ainda estamos apurando. Foram várias transferências feitas diretamente para as contas das investigadas”.

Desdobramentos Legais

A PCMG incluiu no documento enviado à Justiça que as cuidadoras mantinham a vítima em condições insalubres e sem alimentação adequada. Além dos crimes de estelionato e associação criminosa, elas responderão por maus-tratos.

As suspeitas permanecem em liberdade, mas a Polícia Civil solicitou à Justiça a decretação de prisão preventiva, com expectativa de parecer nos próximos dias. Adicionalmente, foram requisitados o sequestro de bens móveis e imóveis e o bloqueio de movimentações financeiras das investigadas e de seus familiares.

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