A Corregedoria da Câmara finalizou a análise das representações contra deputados que participaram de um motim em agosto, em resposta à prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, recomendando diversas punições. O parecer, apresentado à Mesa Diretora, propõe desde censura escrita até suspensão temporária de mandato para os parlamentares envolvidos.
O corregedor Diego Coronel (PSD-BA) apresentou recomendações específicas para três deputados que terão seus casos encaminhados ao Conselho de Ética, devido à gravidade de suas condutas:
* Marcos Pollon (PL-MS) recebeu a punição mais severa: recomendação de suspensão por 90 dias por declarações difamatórias contra a presidência da Câmara, além de outros 30 dias pela ocupação indevida da cadeira da Presidência.
* Marcel Van Hattem (Novo-RS) e Zé Trovão (PL-SC) receberam indicação de suspensão de 30 dias cada, por participação na obstrução do plenário.
Para outros 11 deputados, incluindo nomes como Bia Kicis, Carlos Jordy e Nikolas Ferreira, a recomendação foi de censura escrita. Conforme as normas da Casa, enquanto a censura escrita pode ser aplicada diretamente pela Mesa Diretora, as suspensões necessitam passar pelo Conselho de Ética e posterior aprovação em plenário.
“Analisamos cada conduta de forma individual e cumprimos o compromisso de entregar o relatório em 22 dias úteis, metade do prazo regimental. Agora cabe à Mesa decidir”, declarou o corregedor em nota oficial.