China dobra investimentos no Brasil, atingindo US$ 4,2 bilhões

China dobra investimentos no Brasil, atingindo US$ 4,2 bilhões

País asiático investe US$4,2 bilhões em 39 projetos brasileiros, tornando o Brasil o terceiro maior destino global de capital chinês

O Brasil alcançou uma posição significativa como destino de investimentos chineses, ocupando agora o terceiro lugar mundial e liderando fora da Europa. Segundo estudo do Conselho Empresarial Brasil China (CEBC), o investimento direto chinês no país mais que dobrou em 2024 comparado a 2023, atingindo US$4,2 bilhões distribuídos em 39 projetos diversos.

O fortalecimento dos laços diplomáticos entre Brasil e China tem sido fundamental para este crescimento, evidenciado pelos dois encontros entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente chinês Xi Jinping no último ano. Este cenário se desenvolve em meio às tensões comerciais com os Estados Unidos, que ainda mantêm a liderança como maior fonte de investimento estrangeiro direto no Brasil, com US$8,5 bilhões em 2023.

Diversificação dos Investimentos

* O padrão de investimento chinês mudou significativamente. Entre 2015 e 2019, a média anual era de US$6,6 bilhões, concentrados em grandes projetos de petróleo e energia.
* Atualmente, os investimentos estão distribuídos em diversos setores, incluindo energia e novas áreas como veículos elétricos.
* Empresas de tecnologia como Meituan e Didi expandiram suas operações para o setor de entrega de alimentos.

Desafios e Perspectivas

* Uallace Moreira, chefe de desenvolvimento industrial do MDIC, afirma: “É excelente a entrada da China. Vai promover um choque de competitividade com outras empresas no setor brasileiro industrial”.
* Contudo, ele ressalta: “Mas a gente precisa ir além e fazer com que esses investimentos desenvolvam as cadeias produtivas aqui”.
* As empresas chinesas enfrentam desafios no Brasil devido às cadeias produtivas mais caras, sistema tributário complexo e leis trabalhistas rigorosas.

O cenário atual reflete uma tendência global, como explica Tulio Cariello, autor principal do estudo do CEBC: “É uma tendência causada por essas tensões geopolíticas”. Esta mudança é evidenciada pelo fato de que os investimentos chineses nos EUA atingiram apenas US$2,2 bilhões no último ano.

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