O assassinato do influenciador e ativista conservador americano Charlie Kirk, morto a tiros em um campus universitário em Utah, marca um momento crítico na história da violência política nos Estados Unidos. O crime, ocorrido diante de cerca de 3 mil estudantes, soma-se a uma série de ataques recentes contra figuras políticas no país.
Especialistas alertam que o atual cenário político americano apresenta níveis alarmantes de polarização, amplificados pelas redes sociais e pelo fácil acesso a armas letais. O acusado, Tyler Robinson, de 22 anos, teria declarado que matou Kirk por “estar farto de seu ódio”, segundo documentos do processo.
* O número de casos de violência direcionada e planos terroristas nos EUA aumentou 38% no primeiro semestre de 2025 em comparação ao mesmo período do ano anterior
* Foram registrados mais de 150 planos ou ataques terroristas com motivação política no primeiro semestre de 2025
* Entre os ataques classificados como terroristas, 21 tinham como alvo republicanos e 10 visavam democratas
* O momento atual é considerado por especialistas mais perigoso que os anos 1960, época marcada pelos assassinatos de John Kennedy e Martin Luther King Jr.
* As redes sociais são apontadas como catalisadoras da polarização, criando bolhas ideológicas e amplificando discursos extremistas
* O governador de Utah, Spencer Cox, comparou as redes sociais ao fentanil, destacando seu papel nocivo na sociedade
Kirk, cristão conservador de 31 anos e fundador do grupo Turning Point USA, era uma figura polarizadora e próxima ao ex-presidente Donald Trump. Sua morte gerou reações intensas nas redes sociais, com manifestações tanto de lamento quanto de celebração, evidenciando as profundas divisões no país.
Após o crime, Trump ordenou que a bandeira americana fosse hasteada a meio-mastro e anunciou planos de conceder a Kirk a Medalha Presidencial da Liberdade. No entanto, analistas consideram sua resposta mais divisiva em comparação com presidentes anteriores, que costumavam clamar por união em momentos de crise.
O assassinato de Kirk ocorre em um contexto de crescente violência política nos EUA, incluindo ataques recentes contra figuras como a deputada democrata Melissa Hortman e tentativas de assassinato contra o próprio Trump durante a campanha eleitoral.