Celso Sabino, ministro do Turismo, comunicou ao presidente Lula nesta sexta-feira (19) sua decisão de deixar o cargo no governo federal. A decisão foi tomada após uma reunião no Palácio da Alvorada e está alinhada com a recente resolução do União Brasil, seu partido.
A saída de Celso Sabino ocorre em um momento de tensão entre o União Brasil e o governo federal, após o partido aprovar uma resolução que exige a saída de seus filiados de cargos no governo Lula em um prazo de 24 horas.
* O ministro Celso Sabino, que ocupava a pasta do Turismo há dois anos, retornará à Câmara dos Deputados, onde exercia mandato como representante do Pará.
* Nas últimas semanas, Sabino manteve diálogos com dirigentes e aliados buscando uma solução que permitisse sua permanência no cargo, especialmente visando a realização da COP30 em Belém, prevista para novembro.
* A decisão do União Brasil de exigir o desligamento de seus filiados foi motivada após reportagens que sugeriam uma possível conexão entre o presidente nacional do partido, Antonio de Rueda, e o Primeiro Comando da Capital (PCC), alegações que Rueda nega.
O partido emitiu uma nota expressando sua percepção de que há um “uso político da estrutura estatal” para prejudicar Rueda. É importante ressaltar que outros ministros indicados pelo União Brasil, como Waldez Góes (Desenvolvimento Regional) e Frederico Siqueira (Comunicações), não serão afetados pela decisão, pois não são filiados ao partido e fazem parte da cota pessoal do presidente do Senado, Davi Alcolumbre.