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Ataques israelenses na Cidade de Gaza resultaram em pelo menos 34 mortes, incluindo crianças, durante a noite de sábado (20), conforme informado por autoridades de saúde no domingo (21). A ofensiva ocorre em um momento crucial, às vésperas de uma importante reunião da Assembleia Geral da ONU, onde diversos países planejam reconhecer o Estado Palestino.
O Hospital Shifa, principal destino das vítimas, reportou que 14 pessoas foram mortas em um ataque noturno que atingiu uma área residencial no sul da cidade. Entre as vítimas estava um enfermeiro do hospital, que faleceu junto com sua esposa e três filhos.
* A mais recente operação israelense, iniciada esta semana, intensifica o conflito no Oriente Médio, tornando um cessar-fogo ainda mais distante
* O exército de Israel, que afirma buscar “destruir a infraestrutura militar do Hamas”, não estabeleceu prazo para encerrar a ofensiva
* As forças militares israelenses anunciaram ter eliminado Majed Abu Selmiya, supostamente um atirador do Hamas, embora não tenham apresentado evidências
* O Dr. Mohamed Abu Selmiya, diretor do hospital Shifa e irmão do suposto militante, contestou as alegações, afirmando que seu irmão de 57 anos sofria de problemas de saúde
* Diversos países ocidentais, incluindo Reino Unido, França, Canadá, Austrália, Malta, Bélgica e Luxemburgo, preparam-se para reconhecer o Estado Palestino
* Portugal anunciou que fará o reconhecimento no domingo
* Uma coalizão de mais de 60 organizações judaicas e árabes pela paz manifestou apoio à iniciativa, declarando: “Nos recusamos a viver para sempre pela espada”
O impacto humanitário continua se agravando, com os bombardeios israelenses dos últimos 23 meses tendo causado mais de 65.000 mortes em Gaza, além do deslocamento de aproximadamente 90% da população. A situação é especialmente crítica na Cidade de Gaza, onde especialistas apontam sinais de fome.
Israel ordenou a evacuação de centenas de milhares de palestinos da Cidade de Gaza para o sul, estabelecendo um corredor humanitário. Contudo, muitos habitantes encontram-se impossibilitados de partir, seja por fragilidade física ou falta de recursos.
Grupos de ajuda humanitária alertam que as evacuações forçadas agravam ainda mais a crise humanitária, enquanto familiares dos reféns mantidos pelo Hamas criticam o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu por priorizar o conflito em vez de negociações para um cessar-fogo.
