Um devastador terremoto de magnitude 6 atingiu o leste do Afeganistão no último domingo, resultando em mais de 2.200 mortes, conforme novo balanço divulgado pelo governo talibã nesta quinta-feira (4). O desastre natural, considerado o mais mortal na história recente do país, deixou aproximadamente 4.000 pessoas feridas.
O Afeganistão, localizado na junção das placas tectônicas eurasiática e indiana, é frequentemente afetado por abalos sísmicos. A província de Kunar, próxima à fronteira com o Paquistão, concentra a maior parte das vítimas, segundo Hamdullah Fitrat, porta-voz adjunto do governo.
* As operações de resgate continuam em andamento, enfrentando dificuldades devido aos desmoronamentos e deslizamentos de terra nas regiões montanhosas.
* Moradores das aldeias em Kunar ainda aguardam a chegada de auxílio, quatro dias após o terremoto. “Precisamos urgentemente de tendas, água, comida e medicamentos”, relatou Zahir Jan Safi, agricultor de 48 anos, da devastada aldeia de Mazar Dara.
* O número de vítimas pode aumentar significativamente, pois “centenas de corpos foram encontrados nas casas destruídas”, alertou o porta-voz Fitrat.
A situação é ainda mais crítica devido ao momento atual do país. Segundo organizações não governamentais e a ONU, que foram forçadas a reduzir sua assistência devido aos cortes na ajuda internacional, este terremoto acontece “no pior momento” possível para o Afeganistão.