O governo dos Estados Unidos, sob comando de Donald Trump, intensificou medidas de retaliação contra autoridades brasileiras, incluindo o cancelamento do visto do advogado-geral da União e a imposição de sanções da Lei Magnitsky a familiares de ministros do STF.
Jorge Messias, advogado-geral da União, se juntou à lista de autoridades brasileiras que tiveram seus vistos americanos revogados. A medida faz parte de uma série de retaliações do governo Trump em resposta ao julgamento e condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro.
* O governo Trump já havia revogado anteriormente os vistos de oito ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), incluindo Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Flávio Dino, Luis Roberto Barroso, Edson Fachin, Dias Toffoli, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia.
* Em resposta à medida, Messias classificou a ação como uma “agressão injusta” e declarou que continuará “a desempenhar com vigor e consciência as minhas funções em nome e em favor do povo brasileiro”.
* As retaliações do governo Trump se estenderam também ao setor econômico, com a imposição de uma taxa de 50% sobre produtos brasileiros importados pelos Estados Unidos.
* Na mesma data, o governo americano aplicou sanções da Lei Magnitsky à advogada Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro Alexandre de Moraes, e ao instituto Lex, vinculado à família do ministro.
O advogado-geral da União destacou que estas ações agravam “um desarrazoado conjunto de ações unilaterais, totalmente incompatíveis com a pacífica e harmoniosa condução de relações diplomáticas e econômicas edificadas ao longo de 200 anos entre os dois países”.
A Lei Magnitsky, que já afeta Alexandre de Moraes desde julho, estabelece o bloqueio de contas bancárias, ativos e aplicações financeiras nos Estados Unidos, além de proibir transações com empresas americanas e impedir a entrada no país das pessoas sancionadas.