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O advogado Jair Alves Pereira, representante legal do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, contestou nesta terça-feira, 2 de setembro, as alegações de que seu cliente teria sofrido coação durante o processo de delação premiada relacionado à investigação sobre tentativa de golpe de Estado.
Em resposta às mensagens divulgadas pela revista Veja, nas quais Mauro Cid mencionava a Polícia Federal e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, o advogado esclareceu: “Não é coação, reclamar do delegado da PF é direito”.
* A validade da delação de Mauro Cid foi reafirmada em “mais de uma oportunidade”, conforme destacou Pereira, antecipando possíveis contestações de advogados de outros réus que buscam invalidar as alegações contra Bolsonaro e aliados.
* Durante a sessão, o advogado fez uma observação bem-humorada sobre as menções a Moraes nas mensagens divulgadas, ao que o ministro respondeu com um sorriso. “Vossa excelência deve estar acostumado com isso”, comentou Pereira.
* A defesa enfatizou que os áudios vazados “em nenhum momento” abordam o conteúdo da delação premiada do militar.
Uma possível anulação do acordo de delação prejudicaria Mauro Cid, que poderia perder os benefícios estabelecidos com a PF. No entanto, a Procuradoria-Geral da República mantém que a delação serviu apenas como ponto inicial para a obtenção de provas, não comprometendo o processo no Supremo.
Há suspeitas sobre o uso de um perfil falso no Instagram por Mauro Cid para manter contato com a defesa de outro réu, o que violaria as medidas cautelares impostas. A defesa contesta especialmente a validade de uma ata apresentada pelo advogado Eduardo Kuntz, que representa Marcelo Câmara, réu do núcleo 2 da ação penal do golpe.
