O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), gerou nova polêmica ao criticar os repasses federais destinados ao Nordeste durante entrevista ao programa Contexto Metrópoles. Na ocasião, Zema questionou a efetividade das políticas públicas na região, sugerindo que estas criaram uma dependência permanente de recursos federais.
Durante a entrevista, Zema expressou sua posição sobre as transferências de recursos, afirmando: “Tem pessoas que precisam de ajuda, tem cidades que precisam, tem estados que precisam e você deve estar viabilizando aquela ajuda para evitar que a pessoa passe fome, para evitar que uma empresa tenha que demitir milhares de funcionários. Precisa ter o tempo de sanar essa situação. E o que existe no Brasil? Uma ajuda eterna e que não acaba nunca. Aí eu sou contra”.
O governador mineiro ainda acrescentou: “Aqui no Brasil nós estamos criando cidades e estados para o governo federal ficar arcando eternamente. Porque virou uma moeda de troca. Eu vou continuar mandando dinheiro e você continua votando em mim. E isso é o que está acontecendo”.
* Em 2023, durante entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Zema defendeu a união do Consórcio Sul-Sudeste (Cosud) como contraponto aos estados nordestinos
* Recentemente, durante o Encontro Nacional do partido Novo em São Paulo, onde lançou sua pré-candidatura à Presidência da República, criticou apoiadores do presidente Lula
* Manifestou interesse em “varrer o PT do mapa” ao chegar em Brasília
Dados do IBGE de 2022 revelam que o Nordeste, embora represente 27% da população brasileira, concentra 43,5% da população em situação de pobreza e 54,6% em extrema pobreza. Em contrapartida, o Sudeste, com 42,1% da população, registra 30,7% das pessoas na pobreza e 23,8% na extrema pobreza.
O Consórcio de Integração Sul e Sudeste, estabelecido em 2019, reúne sete estados: Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, visando fortalecer a cooperação entre seus governos.