Suspeito de matar gari segue preso por tempo indeterminado

Suspeito de matar gari segue preso por tempo indeterminado

Justiça mantém prisão preventiva do empresário acusado de matar gari durante discussão de trânsito em Belo Horizonte

A Justiça converteu em preventiva a prisão em flagrante do empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, principal suspeito da morte do gari Laudemir de Souza Fernandes, ocorrida na segunda-feira (11/8) em Belo Horizonte. A decisão foi tomada durante audiência de custódia realizada na manhã desta quarta-feira (13/8).

O crime aconteceu durante uma discussão de trânsito no bairro Vista Alegre, Região Oeste de Belo Horizonte, quando o gari foi atingido por um tiro no abdômen após uma discussão com o empresário.

Sequência dos acontecimentos:

* O incidente começou quando a motorista do caminhão de lixo, Eledias Aparecida Rodrigues, parou o veículo para permitir a passagem do carro conduzido por Renê da Silva, modelo BYD.

* Segundo testemunhas, o empresário abaixou o vidro do carro e ameaçou matar qualquer pessoa que encostasse em seu veículo. Os garis tentaram acalmar a situação, orientando-o a seguir seu caminho.

* O suspeito desceu do carro visivelmente alterado, apontou uma arma para o grupo e disparou contra Laudemir. Conforme relato do gari Tiago Rodrigues, o empresário “estava frio, sem sentimento” durante o ataque.

* Após o disparo, Renê da Silva entrou no carro e deixou o local. A vítima foi socorrida ao Hospital Santa Rita, em Contagem, mas não resistiu aos ferimentos.

A Polícia Militar localizou e prendeu o suspeito horas depois no estacionamento de uma academia na Avenida Raja Gabaglia. Durante a abordagem, Renê da Silva negou envolvimento no crime e informou que sua esposa é delegada da Polícia Civil.

A arma utilizada no crime – uma pistola calibre .380 – pertence à esposa do suspeito e foi apreendida pela polícia. O armamento foi enviado para perícia, que tem prazo de dez dias para concluir o laudo.

A defesa do empresário solicitou o relaxamento da prisão, alegando que o acusado é réu primário, tem bons antecedentes e residência fixa. No entanto, o juiz Leonardo Damasceno não acatou o pedido.

Renê da Silva, de 47 anos, era vice-presidente de uma empresa de alimentos e foi desligado do cargo após a repercussão do crime. Com formação em Administração e Marketing, e detentor de dois MBAs, o empresário se apresentava profissionalmente como um líder com “excelente capacidade de negociação e comunicação eficaz”.

Acidente com morte em 2011

O empresário foi acusado de homicídio culposo pela morte de uma mulher de 50 anos em um acidente de trânsito no bairro do Recreio dos Bandeirantes, na cidade do Rio de Janeiro. As informações são do jornal O Tempo. Na ocasião, Renê dirigia em alta velocidade. A vítima morreu após ser atendida.

Renê também teria envolvimento em casos de lesão corporal, extorsão e perseguição no Rio de Janeiro. Ele teria agredido uma mulher no município carioca de Belford Roxo.

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