O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, foi condenado pela Justiça Federal de Santa Catarina a pagar uma multa de R$ 550 mil por improbidade administrativa devido ao uso indevido do cargo para fazer campanha eleitoral em favor do ex-presidente Jair Bolsonaro durante as eleições de 2022.
A decisão judicial determinou que Silvinei Vasques utilizou sua posição como diretor-geral da PRF para promover atos de natureza político-partidária, violando princípios fundamentais da administração pública como impessoalidade e moralidade. O magistrado responsável pelo caso considerou que houve desvio de finalidade na conduta do ex-diretor.
Entre as ações que fundamentaram a condenação, destacam-se:
* O uso das redes sociais oficiais da PRF para fazer propaganda eleitoral em favor de Bolsonaro
* A participação em eventos de campanha utilizando o cargo público para influenciar eleitores
* O pedido explícito de votos para o então presidente, aproveitando-se da visibilidade do cargo
Além da multa estabelecida, Silvinei Vasques também teve seus direitos políticos suspensos por um período de oito anos. A decisão ainda determinou a proibição de contratar com o poder público ou receber benefícios fiscais pelo mesmo período.
O ex-diretor já estava afastado do cargo desde janeiro de 2023, quando deixou o comando da PRF após a posse do presidente Lula. Atualmente, Silvinei Vasques também responde a outras investigações relacionadas à sua gestão frente à PRF, incluindo a suspeita de interferência no processo eleitoral durante o segundo turno das eleições.