A Polícia Militar do Distrito Federal implementou medidas extraordinárias de segurança em Brasília após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretar a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. A decisão provocou uma série de manifestações por parte dos apoiadores do ex-presidente.
Como resposta à convocação de um “buzinaço” pelos apoiadores de Bolsonaro, as autoridades de segurança tomaram medidas preventivas para evitar possíveis confrontos e manifestações próximas aos prédios dos Três Poderes.
* A Polícia Militar bloqueou completamente o acesso à Esplanada dos Ministérios e à Praça dos Três Poderes, impedindo a aproximação de manifestantes às áreas sensíveis.
* Apoiadores de Bolsonaro organizaram uma carreata com carros e motos, escoltada pela PM, em direção ao condomínio onde reside o ex-presidente, entoando gritos contra o ministro Alexandre de Moraes.
* O deputado federal Hélio Lopes (PL-RJ), aliado de Bolsonaro, havia sido obrigado a deixar um acampamento na Praça dos Três Poderes na madrugada do dia 26, onde realizava uma greve de silêncio.
O ministro Alexandre de Moraes ampliou as restrições através de um complemento à decisão original, proibindo a instalação de novos acampamentos em um perímetro de um quilômetro ao redor da Praça dos Três Poderes, da Esplanada dos Ministérios e de quartéis das Forças Armadas. A justificativa apresentada foi a prevenção de eventos similares aos ocorridos em 8 de janeiro.
O deputado Zé Trovão (PL-SC) manifestou-se sobre a decisão em declaração ao Estadão: “Mais uma arbitrariedade. Esse cara quer tocar fogo no País. Esse cara quer destruir a democracia brasileira. O povo vai fechar o Brasil”.
As medidas de segurança permanecem em vigor enquanto as autoridades monitoram a situação para prevenir possíveis distúrbios ou manifestações não autorizadas na região central de Brasília.