Renê Júnior chama morte do gari Laudemir de “acidente” em carta

Renê Júnior chama morte do gari Laudemir de “acidente” em carta

Assassino confesso do gari Laudemir Fernandes escreve carta após tentativa de troca de advogado e chama crime de “mal-entendido” 

Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47 anos, assassino confesso do gari Laudemir de Souza Fernandes, escreveu uma carta a pedido de seu advogado onde se referiu ao crime como um “mal-entendido” e “acidente”. O documento, divulgado nesta segunda-feira (25), foi redigido após uma confusão envolvendo a troca de seus representantes legais.

A carta surgiu em um momento de instabilidade na defesa de Renê Júnior, que está detido no Presídio de Caeté, na Grande BH. Uma procuração havia sido apresentada à Justiça nomeando Bruno Silva Rodrigues como novo defensor, o que seria a terceira mudança de advogados desde o início do caso.

Sequência dos acontecimentos com os advogados:

* O advogado Dracon Cavalcante, ao descobrir sua destituição do caso, dirigiu-se ao Presídio de Caeté para confrontar Renê Júnior sobre a situação

* Durante o encontro, o detento afirmou que sua intenção era manter ambos os advogados, Dracon e Bruno Rodrigues, trabalhando em conjunto em sua defesa

* A pedido de Cavalcante, Renê Júnior escreveu uma carta manifestando interesse em manter sua representação legal, onde declarou: “O que aconteceu foi um acidente com a vítima e me sinto bem representado, tanto pelo Dr. Dracon, como pelo Dr. Bruno Rodrigues”

Sobre o crime:

O assassinato ocorreu em 11 de agosto, no bairro Vista Alegre, região Oeste de Belo Horizonte. Inicialmente, Renê Júnior negou envolvimento, mas decidiu confessar após o surgimento de novas provas, incluindo um vídeo dele manuseando a arma do crime horas depois do ocorrido.

A perícia confirmou que a arma utilizada pertencia à delegada Ana Paula Lamego Balbino Nogueira, esposa de Renê. Em seu depoimento, ele alegou que sacou a arma por se sentir ameaçado após uma discussão no trânsito, afirmando que o disparo foi não-intencional.

Em entrevista, Dracon Cavalcante manifestou incerteza sobre sua permanência no caso, mesmo que seja convidado a continuar: “Eu ofereci para ele trabalhar no processo, para ele ter a pena que tiver de ter. E eu não prometo nada que eu não possa cumprir. Espero que eles resolvam lá. Ao me convidarem novamente, vou analisar se vou entrar ou não”.

O caso segue em andamento, aguardando definições sobre a composição da equipe de defesa de Renê Júnior, que permanece detido no Presídio de Caeté.

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