O presidente russo Vladimir Putin propôs realizar uma reunião bilateral com o presidente ucraniano Volodimir Zelensky em Moscou, durante telefonema com o presidente americano Donald Trump. A proposta foi recusada pelo líder ucraniano, que estava na Casa Branca com líderes europeus no momento da ligação.
Durante encontro na Casa Branca entre líderes alemão, francês, finlandês, italiano e do Reino Unido, Trump indicou que um encontro face a face entre Putin e Zelensky seria o próximo passo para deter a guerra. Uma fonte diplomática revelou que os líderes europeus consideraram a sugestão de Putin “não uma boa ideia”.
* Putin demonstrou abertura para diálogos diretos com a Ucrânia, segundo o assessor do Kremlin Yuri Ushakov, citado pela imprensa estatal russa.
* O ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, enfatizou que qualquer reunião entre os presidentes precisaria ser “muito cuidadosamente” preparada.
* A Suíça informou que garantiria imunidade a Putin, que possui ordem de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI), caso ele fosse ao país para diálogos de paz.
Trump alertou para uma situação “difícil” caso as negociações entre Moscou e Kiev fracassem. O presidente americano indicou que apoio aéreo dos EUA e tropas terrestres europeias poderiam fazer parte das garantias de segurança para a Ucrânia, embora tenha descartado o envio de tropas americanas ao território ucraniano.
“Quando se trata de segurança, estão dispostos a colocar pessoas no terreno”, disse Trump à Fox News, referindo-se aos aliados europeus. “Estamos dispostos a ajudá-los com as coisas, especialmente, provavelmente, se falarmos de apoio aéreo, porque ninguém tem o tipo de coisa que nós temos”.
A Rússia mantém ocupação de cerca de um quinto do território ucraniano, incluindo as regiões de Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia, anexadas por Putin em 2022. O Kremlin exige que a Ucrânia renuncie ao fornecimento de armas ocidentais e ao projeto de adesão à Otan para considerar um cessar-fogo.
Desde o início do conflito em fevereiro de 2022, estima-se que 1,2 milhão de pessoas ficaram feridas ou mortas na guerra, segundo dados americanos. A Ucrânia intensificou ataques à infraestrutura militar russa, enquanto a Rússia aumentou ofensivas aéreas, incluindo uso de drones.