Polícia Civil indicia dono de padaria e padeiro por torta de frango contaminada

Polícia Civil indicia dono de padaria e padeiro por torta de frango contaminada

A investigação comprovou a intoxicação por toxina botulínica, levando ao indiciamento dos responsáveis por lesão corporal culposa e homicídio culposo

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu investigação sobre o caso de uma torta de frango contaminada que resultou na morte de uma idosa de 75 anos e deixou um casal com graves sequelas na região da Pampulha, em Belo Horizonte. O caso culminou no indiciamento do padeiro e do proprietário do estabelecimento.

A investigação, apresentada em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (27), comprovou a intoxicação por toxina botulínica, levando ao indiciamento dos responsáveis por lesão corporal culposa e homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

Principais pontos da investigação:

* A torta de frango foi adquirida e consumida no mesmo dia, sendo posteriormente confirmada como imprópria para consumo devido à contaminação cruzada no estabelecimento

* O local apresentava graves problemas de armazenamento, com alimentos crus e preparados misturados, sem tampa e sem refrigeração adequada

* A produção era realizada em lotes de aproximadamente 30 unidades por fornada, sendo comercializadas em diferentes estados: cruas, congeladas ou pré-assadas

* Foi constatada a contratação irregular de funcionários, incluindo o padeiro responsável pela produção da torta, que trabalhava há apenas 5 dias e não teve suas qualificações verificadas

A conclusão da investigação baseou-se em aproximadamente 22 depoimentos, laudos técnicos, relatórios médicos, análise de junta médica e informações da vigilância epidemiológica, além do suporte do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais.

O casal sobrevivente apresenta sérias sequelas, incluindo problemas de visão – especialmente o rapaz, que teve maior comprometimento – além de dificuldades neurológicas e problemas de coordenação motora. A torta permaneceu apenas 20 minutos na residência das vítimas, sendo devolvida após os primeiros sintomas, o que impossibilitou a análise direta do alimento.

A investigação destacou que as três vítimas foram as únicas pessoas a consumir o alimento na residência, sendo o critério clínico epidemiológico decisivo para a conclusão sobre a contaminação.

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