Um pen drive contendo mais de 100 arquivos musicais inéditos de Marília Mendonça tornou-se objeto de disputa judicial entre familiares da artista, seu ex-empresário e a gravadora Som Livre. O dispositivo, que contém rascunhos, gravações em voz e violão e músicas não lançadas da cantora falecida em novembro de 2021, representa um acervo significativo de material póstumo.
Wander Oliveira, empresário da Work Show, afirma que o conteúdo do dispositivo poderia gerar lançamentos por até 20 anos. “Para mim, o pen drive pertence ao Léo. Eu gostaria que fosse entregue para ele. Ficou entendido que seria doado para o espólio, mas semanas depois, o advogado da família estava negociando com gravadoras”, declarou Oliveira.
A situação envolve diferentes reivindicações:
* A Som Livre alega direitos sobre o material com base em um contrato assinado com Marília Mendonça em 2019, que garante à gravadora a exploração comercial de toda sua obra
* O empresário Wander Oliveira defende que o pen drive deveria ser entregue a Léo, filho da cantora, como herança
* A família, através de seu advogado Robson Cunha, confirma negociações com a gravadora e esclarece que não houve acordo prévio para entregar o dispositivo a Léo
“Tudo que foi produzido por Marília Mendonça pertence à Som Livre, por conta do contrato firmado em 2019. O Murilo, obrigatoriamente, precisa assinar todos os contratos que envolvem o Léo, o que ainda não aconteceu. Mas eu acredito que em breve deve acontecer”, explicou o advogado da família.