Netanyahu enfrenta críticas por plano de ocupar Gaza

Netanyahu enfrenta críticas por plano de ocupar Gaza

Primeiro-ministro israelense recebe oposição internacional e doméstica após anunciar intenção de ocupar completamente a Cidade de Gaza, gerando temores sobre crise humanitária

O primeiro-ministro israelense Netanyahu enfrenta forte oposição internacional e doméstica após anunciar planos de ocupação total da Cidade de Gaza, gerando preocupações sobre o agravamento da crise humanitária na região.

A decisão de Netanyahu foi recebida com críticas severas de diversos países e organizações. A Alemanha anunciou a suspensão das exportações de armas para Israel, enquanto outros países europeus, China e Turquia expressaram sérias preocupações sobre o plano.

* O chanceler alemão Friedrich Merz declarou que “nestas circunstâncias, o governo alemão não autorizará qualquer exportação de equipamento militar que possa ser usado na Faixa de Gaza até novo aviso”.

* O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, classificou o plano como um “erro” e solicitou que Netanyahu “reconsidere de imediato”, alertando que “esta ação não fará nada para pôr fim ao conflito ou garantir a libertação dos reféns”.

* Internamente, o líder da oposição israelense, Yair Lapid, descreveu a decisão como “uma catástrofe que trará muitas outras catástrofes”.

O Fórum das Famílias dos reféns israelenses manifestou forte oposição, argumentando que o plano “significa abandonar os reféns, ignorando completamente os repetidos avisos da liderança militar e a vontade clara da maioria da população israelense”.

A situação dos reféns permanece crítica, com apenas 20 dos 50 sequestrados considerados vivos, segundo o Exército de Israel. O Hamas já advertiu que ordenará a execução dos reféns caso perceba operações militares próximas aos cativeiros.

Em entrevista à Fox News, Netanyahu afirmou que Israel pretende “remover o Hamas” de Gaza, mas não planeja manter o controle permanente do território. “Queremos ter um perímetro de segurança”, declarou o premiê, sugerindo que a administração seria posteriormente transferida para “forças árabes”.

O conflito, iniciado após o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, já resultou em aproximadamente 60 mil mortes palestinas, segundo o ministério da Saúde de Gaza, e 1,2 mil israelenses mortos no ataque inicial.

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