O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), encaminhou à Corregedoria Parlamentar uma série de representações contra 13 deputados bolsonaristas após a ocupação do plenário esta semana. A medida foi tomada após reunião com integrantes da Mesa Diretora.
A situação teve início na quarta-feira, quando Motta tentou retomar o controle do plenário e foi fisicamente impedido por deputados do PL e do Novo de acessar a cadeira presidencial. O presidente havia anteriormente ameaçado suspender por seis meses os parlamentares que obstruíssem os trabalhos.
* As representações acusam os deputados de quebra de decoro parlamentar, destacando ações “deliberadas, coordenadas e persistentes” para usurpar funções da Mesa Diretora
* O deputado Zé Trovão (PL-SC) foi apontado como um dos principais responsáveis por impedir fisicamente o acesso de Motta à presidência, criando uma “barreira corporal”
* O líder do Novo, Marcel van Hattem, ocupou a cadeira presidencial e se recusou a sair, gerando intensa discussão
* Uma representação específica, apresentada pelo líder do Republicanos, Gilberto Abramo, destaca ofensas dirigidas a Motta pelo deputado Marcos Pollon, que o chamou de “bosta” e “baixinho de um metro e sessenta” durante manifestação
A Corregedoria da Câmara analisará cada uma das representações para determinar se serão encaminhadas ao Comitê de Ética, que decidirá sobre eventuais punições aos parlamentares envolvidos.
A oposição reagiu às representações através de nota, alegando tentativa de cassação de “mandatos legítimos da direita”. O líder da oposição, deputado Zucco (PL-RS), argumentou que a remessa de denúncias à Corregedoria não constitui sanção.
Em desenvolvimento paralelo, o líder do PL, Sóstenes Cavalcante, apresentou representação contra a deputada Camila Jara (PT-MS) por suposta agressão ao deputado Nikolas Ferreira. A parlamentar negou a acusação, afirmando que reagiu a um tumulto em legítima defesa.
Deputados na Corregedoria