Menu
Uma reflexão sobre como o conformismo nos paralisa e o que podemos fazer para recuperar o controle da nossa vida profissional, acadêmica, espiritual e sentimental
A maioria das pessoas convive diariamente com o medo: medo de arriscar, medo do desconhecido, medo de sair da zona de conforto. Essa tal “zona de conforto”, na verdade, muitas vezes não passa de uma areia movediça que suga, dia após dia, nossas energias, nosso tempo e até nossa liberdade.
E essa liberdade que menciono não se limita ao âmbito profissional: ela pode estar presa também na vida acadêmica, espiritual ou sentimental. O medo de mudar de direção tem engavetado sonhos, sonhos que não transformariam apenas a vida de quem os sonhou, mas também a vida de todos que seriam alcançados por eles.
Mas, afinal, como mudar de rota e encarar os medos que nos sufocam?
Calma. É preciso entender que muitos desses medos se instalam porque, em várias áreas da vida, já acumulamos cicatrizes. Então, para evitar novas dores, acabamos aceitando a realidade como está. O problema é que, quando o conformismo toma conta, a vida deixa de ser vivida em plenitude.
Vamos refletir sobre alguns pontos:
Na vida profissional
Quantos vivem presos a uma rotina robótica? Bater o ponto, cumprir a demanda, voltar para casa… repetir, repetir, repetir.
Entre esses profissionais, há talentos extraordinários, pessoas com capacidade de liderar, gerenciar ou até mesmo se tornarem CEOs. Mas o medo de arriscar e de viver o novo os mantém cativos em uma rotina que já não os desafia.
Na área acadêmica
Quantos sonhos são sufocados pelo medo de enfrentar um vestibular, o ENEM, uma faculdade, uma especialização ou um doutorado?
O conhecimento, no entanto, é um tesouro que ninguém pode roubar. Ele abre portas e muda destinos. A grande questão é: quantos livros você lê por ano? Quanto tempo dedica ao entretenimento em comparação ao tempo investido em aprendizado?
Seu futuro pode ser escrito pela escolha que você faz todos os dias: se prepara para realizá-lo ou apenas assiste a vida passar.
Na área espiritual
Independentemente da crença, acredito, pela minha visão cristã, que somos corpo, alma e espírito. Quando estamos bem espiritualmente, enfrentamos melhor qualquer desafio, inclusive o medo.
Lembro-me de Gênesis 12, quando Deus disse a Abrão: “Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, e vai para a terra que ainda te mostrarei”.
Abrão poderia ter se apegado à sua zona de conforto, mas escolheu confiar em Deus e no novo que o aguardava. Ele não sabia para onde ia, mas sabia que precisava sair. Assim também somos chamados a viver experiências que só acontecerão se tivermos coragem de dar o primeiro passo.
Na área sentimental
Talvez você tenha pulado direto para este ponto. E não é por acaso. O amor é uma das áreas que mais deixa cicatrizes. Relacionamentos mal resolvidos arrastam corações para uma vida de incertezas e até de depressão.
Muitos insistem em viver relacionamentos de fachada ou vínculos doentios, onde apenas um dos lados está bem. No namoro, sinais de alerta muitas vezes são ignorados em nome de um “amor” que, na prática, aprisiona.
Relacionar-se exige responsabilidade, renúncia e verdade. Se o diálogo não funciona, se não há mudança, talvez seja hora de mudar de direção. O risco de não fazê-lo é viver um casamento em que o verdadeiro amor e os sorrisos ficarão apenas nas páginas do álbum de fotos.
E agora?
Mudar de direção não é simples. Envolve riscos, dores e incertezas. Mas, ao mesmo tempo, é a única maneira de experimentar o novo, e talvez viver a vida épica que você merece.
Lembre-se: ficar parado também é uma escolha. Mas escolher não mudar é permitir que o medo continue escrevendo sua história.
