A juíza Ana Carolina Rauen Lopes de Souza, do Tribunal do Júri de Belo Horizonte, estabeleceu prazo de dois dias para que Renê, investigado por homicídio qualificado e ameaça, forneça informações ao Ministério Público de Minas Gerais. O caso ganhou nova complexidade após uma controvérsia envolvendo a troca de advogados de defesa.
O processo enfrentou um momento de tensão quando o advogado mineiro Dracon Luiz Cavalcante Lima descobriu que seu nome foi removido do processo, sendo substituído por um advogado do Rio de Janeiro. Em reunião no Presídio de Caeté, Renê explicou ao antigo defensor que a intenção era ter ambos os advogados trabalhando em parceria.
Cronologia do caso:
* Inicialmente, Renê negou envolvimento no crime, alegando que não havia passado pela Rua Modestina de Souza, no Bairro Vista Alegre. Afirmou ter ido diretamente de sua residência em Nova Lima para o trabalho em Betim.
* As investigações revelaram imagens do carro do suspeito e dele guardando a arma de sua esposa, uma delegada da PCMG, em uma mochila, contradizendo seu álibi inicial.
* Em novo depoimento, Renê confessou ter estado no local e usado a arma da esposa, uma pistola .380. Alegou que era a primeira vez que pegava a arma e que a portava para proteção por “estar indo para um local perigoso”.
* Segundo seu relato, um congestionamento causado pelo caminhão de lixo gerou um conflito. Após uma discussão, quando um gari o confrontou, Renê saiu do veículo com a arma. Ele afirma que pretendia “atirar para o alto”, mas acabou atingindo fatalmente a vítima, Laudemir.
O escritório do novo advogado, Bruno Silva Rodrigues, informou que só se manifestará após a conclusão do inquérito pela PCMG e da denúncia à Justiça pelo Ministério Público de Minas Gerais.
“Não era para ele me tirar e sim para trabalharmos juntos. Agora eu vou conversar com o advogado e decidir se vou continuar ou não, porque aqui não é Rio de Janeiro, aqui é Belo Horizonte, Minas Gerais. Não prometo nada além de trabalho e o que está dentro da lei”, declarou o advogado Dracon.