O Exército israelense anunciou a aprovação de um novo plano ofensivo contra o Hamas na Faixa de Gaza, em meio a intensos confrontos e bombardeios na região. A operação militar visa desmantelar os últimos redutos do grupo palestino e libertar os reféns israelenses ainda mantidos em cativeiro.
Os confrontos se intensificaram principalmente na Cidade de Gaza, onde o Hamas denunciou incursões “agressivas” das forças israelenses. Testemunhas relataram ataques aéreos intensos e a presença de tanques nos bairros de Tal al Hawa e Zeitoun.
* O comando militar israelense confirmou que o tenente-general Eyal Zamir “aprovou a principal estrutura do plano operacional do Exército na Faixa de Gaza”, embora não tenha divulgado um cronograma específico para a ofensiva.
* As forças israelenses, que já controlam 75% do território, pretendem expandir suas operações na região norte de Gaza e nos campos de refugiados próximos, uma das áreas mais densamente povoadas do território.
* O Hamas enviou uma delegação ao Cairo para “negociações preliminares” com autoridades egípcias sobre uma possível nova trégua, coincidindo com esforços diplomáticos do Egito, Catar e Estados Unidos para estabelecer um cessar-fogo de 60 dias.
A situação humanitária continua se agravando, com 18 palestinos, incluindo menores de idade, mortos por disparos israelenses nesta quarta-feira. Onze deles aguardavam ajuda humanitária, segundo a Defesa Civil de Gaza.
Netanyahu enfrenta pressão tanto internamente, devido aos 49 reféns ainda em poder do Hamas (27 confirmados mortos), quanto externamente, com apelos crescentes para acabar com o sofrimento dos mais de dois milhões de habitantes de Gaza, que enfrentam risco de “fome generalizada”, segundo a ONU.
O conflito, iniciado após o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, que resultou em 1.219 mortes em Israel, já causou mais de 61.500 mortes palestinas, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, números considerados confiáveis pela ONU.