Os mediadores internacionais aguardam a resposta de Israel a uma nova proposta de cessar-fogo em Gaza, após o Hamas ter demonstrado disposição para negociar o fim do conflito que já dura quase dois anos.
A nova proposta, mediada pelo Egito e Catar com apoio dos Estados Unidos, prevê uma trégua de 60 dias e a libertação dos reféns em duas etapas. O plano surge em um momento crítico do conflito, com mais de 62.000 mortes confirmadas em Gaza.
* O Hamas aceitou formalmente a proposta e aguarda o posicionamento israelense, com o diretor dos serviços de inteligência egípcios afirmando que “a bola está no campo israelense”.
* A proposta baseia-se em um plano do enviado americano Steve Witkoff, que inclui:
– Libertação de 10 reféns vivos e 18 corpos de falecidos
– Cessar-fogo de 60 dias
– Negociações para encerrar definitivamente a guerra
* O governo israelense mantém sua posição firme, com uma fonte política de alto escalão afirmando que “a posição de Israel não mudou: libertação de todos os reféns e respeito às demais condições definidas para acabar com a guerra”.
* Benjamin Netanyahu ainda não se pronunciou oficialmente, mas já havia advertido que só aceitaria um acordo com a libertação simultânea de todos os reféns.
Dos 251 reféns inicialmente capturados pelo Hamas em 7 de outubro de 2023, 49 ainda permanecem em cativeiro em Gaza, incluindo 27 mortos, segundo o Exército israelense. O ataque inicial resultou em 1.219 mortes em Israel, majoritariamente civis.
Os bombardeios israelenses continuam no bairro de Zeitoun, com veículos blindados posicionados próximos a Al Sabra. A Defesa Civil de Gaza reportou pelo menos 11 mortes nesta terça-feira, incluindo uma pessoa em ataque com drones em Al Sabra.
“As explosões não param em Al Sabra. Os tanques e a artilharia estão atirando em nossa direção, os drones também”, relatou Hussein al Dairi, morador do bairro.