IBGE registra terceira queda consecutiva nas vendas do comércio

IBGE registra terceira queda consecutiva nas vendas do comércio

Pesquisa Mensal de Comércio mostra recuo de 0,1% em junho, acumulando três meses consecutivos de queda nas vendas do varejo brasileiro

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira (13) que as vendas no comércio varejista brasileiro registraram queda de 0,1% em junho, em comparação com maio, marcando o terceiro mês consecutivo de retração no setor.

De acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE, o setor acumula uma queda de 0,8% em relação a março deste ano, que havia registrado o maior patamar da série histórica, iniciada no ano 2000. Apesar das quedas recentes, o primeiro semestre apresenta crescimento acumulado de 1,8%, enquanto o período de 12 meses soma expansão de 2,7%.

Principais Variações por Segmento

* Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação registraram a maior queda (-2,7%)
* Livros, jornais, revistas e papelaria apresentaram recuo de 1,5%
* Móveis e eletrodomésticos tiveram queda de 1,2%
* Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria recuaram 0,9%
* Hiper e supermercados registraram queda de 0,5%
* Outros artigos de uso pessoal e doméstico cresceram 1%
* Tecidos, vestuário e calçados avançaram 0,5%
* Combustíveis e lubrificantes tiveram alta de 0,3%

Cristiano dos Santos, gerente da pesquisa do IBGE, avalia que “No geral, nesse primeiro semestre, a gente tem esse comportamento, um grande crescimento a ponto de chegar no topo em março, com esse arrefecimento, que está sendo bem lento”.

O pesquisador aponta que a diminuição do crédito, causada pela alta taxa de juros, e a inflação são os principais fatores para a queda gradual observada nos últimos meses. A inflação oficial permaneceu acima da meta do governo de 3% ao ano durante o primeiro semestre.

Como ponto positivo, o IBGE destaca o nível de emprego e renda, que sustenta o consumo. Em junho, o país registrou taxa de desemprego de 5,8%, menor índice da série histórica iniciada em 2012, além de recorde no rendimento dos trabalhadores.

No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, material de construção e atacado de produtos alimentícios, houve recuo de 2,5% na comparação mensal, mantendo expansão de 2% no acumulado de 12 meses.

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