Hytalo Santos e marido têm R$ 20 milhões em bens bloqueados pelo Ministério Público do Trabalho

Hytalo Santos e marido têm R$ 20 milhões em bens bloqueados pelo Ministério Público do Trabalho

Ministério Público do Trabalho bloqueia R$ 20 milhões em bens do influenciador digital Hytalo Santos e seu marido após denúncias de exploração de menores

O Ministério Público do Trabalho da Paraíba (MPT-PB) executou o bloqueio de bens avaliados em até R$ 20 milhões pertencentes ao influenciador digital Hytalo Santos e seu marido, Israel Vicente, conhecido como Euro. A medida, implementada nesta quinta-feira (21), inclui automóveis, empresas e valores em contas bancárias.

O casal, que atualmente se encontra detido por suspeitas de tráfico de pessoas e exploração sexual, teve recentemente negado pela Justiça de São Paulo o pedido de transferência do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pinheiros para a penitenciária de Tremembé. A justiça determinou a transferência do casal para uma prisão na Paraíba.

Investigações e Denúncias

* As investigações contra Hytalo Santos tiveram início em 2024, após o Ministério Público da Paraíba (MPPB) receber denúncias sobre exploração de menores.

* O caso ganhou maior visibilidade quando o youtuber Felca publicou um vídeo de 50 minutos expondo a atuação de Hytalo em conteúdos com adolescentes, destacando o caso de Kamyla Santos, de 17 anos, cuja imagem teria sido explorada de forma sugestiva para fins lucrativos.

* Ex-funcionários revelaram ao programa Fantástico, da TV Globo, que nas festas organizadas por Hytalo havia presença de menores consumindo bebidas alcoólicas.

Controle e Manipulação

* Segundo depoimentos, os adolescentes que viviam com o influenciador, chamados por ele de “filhos”, tinham sua alimentação controlada: “Os adolescentes só comiam quando ele queria. E só poderiam comer quando ele acordasse”, relatou uma testemunha.

* Uma coordenadora escolar informou que alguns alunos chegavam atrasados “devido às gravações” realizadas por Hytalo, e algumas crianças ficaram mais de um mês sem frequentar a escola.

O MPT justificou o bloqueio de bens como medida para garantir o pagamento de indenização por dano moral coletivo e assegurar medidas de reparação às vítimas. O órgão identificou indícios de ocultação de patrimônio, citando “movimentação financeira atípica e manobras de blindagem, ocultação e dissipação patrimonial”.

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