Harvard, PUC-Rio e USP negam formação acadêmica de empresário suspeito de assassinar gari em BH

Harvard, PUC-Rio e USP negam formação acadêmica de empresário suspeito de assassinar gari em BH

Renê da Silva Nogueira Junior, de 47 anos, alegava em seu LinkedIn graduação, mestrado e MBA que as instituições confirmam não existir

A Universidade Harvard confirmou nesta quinta-feira (14 de agosto) que Renê da Silva Nogueira Junior, de 47 anos, suspeito de assassinar um gari em Belo Horizonte, nunca foi aluno da instituição. A declaração contradiz as informações apresentadas pelo empresário em seu perfil profissional.

O caso ganhou repercussão após Renê Junior ser apontado como suspeito da morte do gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, no bairro Vista Alegre, região Oeste de Belo Horizonte, na última segunda-feira (11).

Inconsistências na formação acadêmica

* A PUC Rio também se manifestou na quarta-feira (13), negando que o suspeito tenha realizado graduação ou MBA em Administração de Empresas na instituição

* Além das duas instituições citadas, a Universidade de São Paulo (USP) também negou qualquer vínculo do suspeito com a instituição. Renê afirmava ter mestrado em Agronomia pela Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq), em Piracicaba, no interior paulista. Porém, segundo a assessoria de imprensa do local, ele não concluiu mestrado na unidade

* Em seu perfil no LinkedIn, Renê Junior se apresenta com essas formações e afirma ocupar o cargo de diretor de Negócios em uma rede de alimentos, posição que, segundo a plataforma, assumiu recentemente este mês

* O empresário se autodescreve como “CEO”, “vice-presidente”, “diretor executivo” e “diretor comercial”, alegando também ter formação pela Fundação Dom Cabral

* Em sua biografia profissional, ele alega possuir 27 anos de experiência executiva no setor de alimentos e bebidas, com “um histórico comprovado de gerar crescimento exponencial e liderar transformações organizacionais complexas nas maiores corporações do mercado brasileiro e internacional”

Investigação em andamento

Segundo o boletim de ocorrência da Polícia Militar, quando questionado sobre sua participação no crime, Renê Junior negou envolvimento. “Ao ser indagado, respondeu que não participou do episódio”, registra o documento. O suspeito informou que o veículo utilizado no momento do crime estava registrado em nome de sua esposa. Uma vistoria foi realizada no automóvel, mas nenhum material ilícito foi encontrado.

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