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Familiares das vítimas da tragédia da boate Kiss divulgaram um manifesto expressando sua indignação contra a decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) que reduziu as penas dos quatro condenados pelo incêndio ocorrido em 2013, em Santa Maria. A decisão, tomada por unanimidade, gerou forte reação entre os parentes das 242 pessoas que perderam suas vidas no incidente.
O manifesto surge como resposta à recente decisão judicial que alterou significativamente as sentenças estabelecidas no julgamento inicial. Os familiares argumentam que a redução das penas representa um retrocesso na busca por justiça e não condiz com a gravidade do crime que vitimou centenas de jovens.
A decisão do TJ-RS modificou as penas dos quatro réus condenados pelo incêndio. Os empresários e donos da boate Kiss, assim como o vocalista da banda e o produtor musical, tiveram suas sentenças reduzidas consideravelmente em relação à condenação original estabelecida pelo júri popular.
Os familiares destacam em seu manifesto que a redução das penas minimiza a gravidade do acontecimento e não reflete o impacto devastador que a tragédia causou em centenas de famílias gaúchas. Eles argumentam que a decisão judicial enfraquece a luta por justiça que vem sendo travada há mais de uma década.
O documento também ressalta a importância de manter viva a memória das vítimas e continuar lutando por medidas que previnam tragédias semelhantes no futuro. Os familiares reafirmam seu compromisso em buscar todos os recursos legais possíveis para contestar a decisão do Tribunal.
A tragédia da boate Kiss, ocorrida em 27 de janeiro de 2013, permanece como uma das maiores tragédias da história do Rio Grande do Sul e do Brasil, sendo um marco na discussão sobre segurança em casas noturnas e a responsabilidade dos proprietários destes estabelecimentos.
