Ex-funcionária de hospital em Viçosa é acusada de desviar R$ 145 mil

Ex-funcionária de hospital em Viçosa é acusada de desviar R$ 145 mil

MPMG denuncia crime de peculato e pede ressarcimento; mulher terá 10 dias para se defender. Investigação aponta que protocolos de controle financeiro foram ignorados.

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) apresentou denúncia contra uma ex-funcionária da Casa de Caridade de Viçosa, localizada na Zona da Mata, por crime de peculato. A acusada, que ocupava o cargo de coordenadora de atendimento, teria se apropriado indevidamente de aproximadamente R$ 145 mil durante o exercício de suas funções.

De acordo com as investigações do MPMG, a ex-funcionária era responsável por:

* Gerenciar todos os pagamentos de pacientes particulares, incluindo negociações e recebimentos, com posterior repasse ao setor financeiro

* Manter um sistema de registro em blocos de recibos com três vias, sendo uma para arquivo, outra para coordenação de atendimento e a terceira para o paciente

* A denunciada teria eliminado protocolos de segurança estabelecidos pela funcionária anterior, que controlavam o fluxo de dinheiro

* Foram identificadas irregularidades como ausência de fechamento de caixa, falta de repasse de valores ao setor financeiro e divergências entre registros de pagamentos

O promotor de Justiça Luís Cláudio Fonseca Magalhães destacou: “O caráter filantrópico da Casa de Caridade de Viçosa, mantenedora do Hospital São Sebastião, é notório. Trata-se de entidade possuidora do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social em Saúde (Cebas) e que presta relevantes serviços na área de saúde na microrregião de Viçosa. Os crimes executados pela denunciada prejudicaram de forma indelével o bom nome e a reputação da Casa de Caridade de Viçosa perante a comunidade local”.

O Complexo Hospitalar de Viçosa emitiu nota informando que tomou conhecimento da denúncia e aguardará o término do devido processo legal para tomar as medidas necessárias. A instituição reforçou seu repúdio a práticas ilícitas e seu compromisso com a gestão transparente dos recursos.

Após intimação judicial, a acusada terá dez dias para apresentar sua defesa. O crime de peculato prevê pena de dois a 12 anos, além de multa. O MPMG também solicita o ressarcimento do valor desviado com correção monetária e fixação de multa por dano moral coletivo.

Leia a nota na íntegra:

O Complexo Hospitalar de Viçosa tomou conhecimento recentemente de uma denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) referente a fatos que ocorreram antes da intervenção administrativa atualmente em curso na instituição.

A denúncia envolve uma mulher que foi acusada pelo MPMG de apropriação indevida de aproximadamente R$ 145 mil no exercício de suas funções, que incluíam o recebimento de pagamentos realizados por procedimentos médicos e/ou internações em caráter particular.

Os acontecimentos ainda estão em fase de apuração pelo MPMG, e a instituição acompanhará rigorosamente o desenrolar do devido processo legal. Ao seu término, serão adotadas todas as medidas necessárias, sempre pautadas pelos princípios da boa-fé, legalidade, transparência e ética.

A nova administração reforça seu total repúdio a quaisquer práticas ilícitas e reafirma seu compromisso com a correta gestão dos recursos e a prestação de serviços de qualidade à comunidade.

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