O furinho no lacre das latinhas de bebidas, frequentemente confundido como suporte para canudos, tem uma história fascinante que remonta a 1962, quando o engenheiro americano Ermal Cleon Fraze revolucionou a indústria de embalagens com sua invenção inovadora.
A história começou durante um piquenique, quando Fraze percebeu que ninguém tinha um abridor para abrir sua lata de cerveja. Essa experiência o levou a desenvolver um sistema revolucionário que eliminaria a necessidade de abridores externos.
* Em 1962, Ermal Fraze criou o primeiro sistema de aba destacável para latinhas, que se soltava completamente ao puxar
* Em 1975, Daniel F. Cudzik aperfeiçoou o design, desenvolvendo a pequena alavanca metálica com perfuração oval que conhecemos hoje
* O sistema atual permite a abertura prática e sem esforço, utilizando o princípio da alavanca
* As latinhas são fabricadas com camadas de alumínio mais finas que um fio de cabelo
* Mesmo com essa espessura reduzida, suportam até 90 quilos de pressão vertical
* O design otimizado contribui para o uso eficiente do alumínio e redução do impacto ambiental
De acordo com a Associação Brasileira da Lata de Alumínio (Abralatas), o Brasil é o terceiro maior mercado mundial, com comercialização de 34,8 bilhões de unidades. O sucesso das latinhas deve-se não apenas à praticidade, mas também à sua sustentabilidade.
O design das latas continua evoluindo, com foco em melhorias tanto visuais quanto práticas e ambientais. A lingueta do lacre exemplifica como pequenas inovações podem ter grande impacto, unindo conveniência do consumidor com responsabilidade ambiental.
A invenção de Ermal Fraze não apenas simplificou o consumo de bebidas enlatadas, mas também estabeleceu um padrão de design que permanece relevante até hoje, demonstrando como soluções simples podem ter impacto duradouro na indústria e no cotidiano das pessoas.