O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) veio a público neste sábado (16/8) para negar acusações de ter ameaçado os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), sobre possíveis sanções do governo americano.
A controvérsia surgiu após declarações do parlamentar durante entrevista à BBC em Washington, onde comentou sobre a possibilidade de sanções americanas aos presidentes das casas legislativas, devido à recusa em pautar anistia para envolvidos nos eventos de 8 de janeiro.
Em sua defesa, Eduardo Bolsonaro utilizou sua conta no X para esclarecer a situação:
* “Não ameacei Davi Alcolumbre e nem Hugo Motta (…) E como poderia ameaçar se quem aplica sanções — que sim apoio — são Donald Trump, o secretário (de Estado) Marco Rubio e o secretário (do Tesouro) Scott Bessent?”
* “Ninguém me advertiu e se o tivessem feito seria inócuo. Moraes já me forçou ao exílio, congelou minhas contas bancárias e até da minha esposa. Sério que alguém acha que advertência, para eu parar o que estou fazendo e botar o Brasil de volta no trilho da Venezuela, seria efetivo?”
O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro também aproveitou a oportunidade para criticar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), comparando-o ao “chefe do tráfico de um morro”. Em suas palavras: “Matar o mensageiro (referindo-se à possibilidade de sanções a Motta e Alcolumbre) é modus operandi do crime organizado, que o faz para proteger o dono do morro — no caso de Brasília, Alexandre de Moraes. Digam o que estou fazendo de errado”.
Durante sua estadia em Washington, Eduardo Bolsonaro divulgou um encontro com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, ocorrido na quarta-feira (13). Sobre a reunião, o deputado comentou: “É uma oportunidade única poder conversar sobre o Brasil e a América com alguém tão preparado”.