Argentina investiga caso de corrupção envolvendo irmã de Javier Milei

Argentina investiga caso de corrupção envolvendo irmã de Javier Milei

Irmã do presidente argentino é citada em áudios que revelam suposto esquema de corrupção na Agência Nacional para a Deficiência

Um escândalo de corrupção abalou o governo argentino após a divulgação de áudios que supostamente implicam Karina Milei, irmã do presidente Javier Milei e secretária-geral da Presidência, em um esquema de propinas. O caso resultou na demissão do chefe da Agência Nacional para a Deficiência (Andis), Diego Spagnuolo, e desencadeou uma série de investigações.

Os áudios vazados, cuja autenticidade ainda está sendo verificada pelas autoridades, revelam uma suposta rede de cobrança de propinas envolvendo altos funcionários do governo. Nas gravações, uma voz atribuída a Spagnuolo menciona que Karina Milei e Eduardo “Lule” Menem estariam exigindo pagamentos de empresas farmacêuticas em troca de contratos governamentais.

Principais desdobramentos do caso:

* As autoridades argentinas realizaram buscas em diversas propriedades, incluindo a sede da Andis e residências particulares. Na casa de Diego Spagnuolo, foram apreendidos celulares e uma máquina de contagem de dinheiro

* Segundo as gravações, o esquema exigia até 8% sobre o faturamento das farmacêuticas para garantir contratos com o governo

* O governo Milei demitiu Spagnuolo “como medida preventiva”, conforme comunicado oficial publicado nas redes sociais

* Eduardo “Lule” Menem reagiu às acusações classificando os áudios como uma “operação política grosseira do kirchnerismo” para prejudicar a reputação do governo

O escândalo ocorre em um momento delicado para o governo Milei, que enfrenta desafios no Congresso e se prepara para eleições de meio de mandato em setembro e outubro. O caso também provocou impactos nos mercados financeiros, com queda nas ações argentinas e desvalorização do peso.

O diretor para as Américas da consultoria Horizon Engage, Marcelo Garcia, alertou em entrevista à Reuters que o escândalo pode comprometer a capacidade do governo de implementar reformas econômicas. Segundo ele, o caso é especialmente sensível por envolver uma agência dedicada a pessoas com deficiência, reforçando críticas sobre a suposta falta de sensibilidade social do governo.

Karina Milei, figura central no governo e responsável por controlar o acesso ao presidente, ainda não se manifestou diretamente sobre as acusações. O presidente Javier Milei também mantém silêncio sobre o caso, limitando-se a minimizar ataques da oposição no contexto pré-eleitoral.

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