O escritório de advocacia responsável pela defesa de Matteos França Campos, acusado de assassinar sua mãe, a professora Soraya Tatiana Bomfim França, anunciou nesta terça-feira (5 de julho) sua decisão de abandonar o caso. Em comunicado oficial, o escritório citou “valores éticos e morais” como base para sua decisão.
O caso ganhou notoriedade após o brutal assassinato da professora Soraya Tatiana, cujo corpo foi encontrado próximo a um viaduto em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Segundo as investigações, os eventos se desenrolaram da seguinte forma:
* Matteos França Campos confessou ter enforcado a mãe durante uma discussão sobre questões financeiras no apartamento onde residiam juntos
* Após o crime, o suspeito transportou o corpo no porta-malas do carro da vítima e o abandonou nas proximidades de um viaduto em Vespasiano
* No dia 18 de julho, Matteos registrou um boletim de ocorrência relatando o desaparecimento da mãe, alegando que havia viajado para a Serra do Cipó e que ela estava sozinha em casa
* A polícia descobriu que o suspeito enfrentava dívidas relacionadas a apostas e havia realizado empréstimos consignados, o que teria motivado a discussão fatal
A investigação da Polícia Civil descartou a hipótese inicial de violência sexual e confirmou que Matteos agiu sozinho.
Em nota oficial, o escritório de advocacia declarou: “Após criteriosa análise, decidimos em não dar prosseguimento à defesa no processo envolvendo a morte da professora Soraya Tatiana. Tal decisão refere-se a valores éticos e morais do nosso escritório. Já afirmamos os nossos sentimentos a todos familiares, amigos e alunos da querida professora Tati, nos colocando à disposição para qualquer esclarecimento”.
Desde sua prisão em 25 de julho, Matteos França Campos já passou por três unidades prisionais diferentes: inicialmente foi levado ao Ceresp Gameleira, depois transferido para o Presídio Inspetor José Martinho Drumond em Ribeirão das Neves, e atualmente encontra-se detido no presídio de Caeté, também na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
A Justiça decretou a prisão preventiva do acusado após audiência de custódia realizada em 27 de julho, em decisão assinada pela juíza Juliana Beretta Kirche. O processo segue em segredo de Justiça, enquanto as investigações continuam em andamento para esclarecer todos os aspectos do crime.