Após a morte do gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, em Belo Horizonte, importantes instituições de ensino negaram que o suspeito do crime, Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47 anos, tenha estudado em suas dependências, contradizendo as informações que ele mantém em seu perfil profissional.
A ESPM foi a mais recente instituição a se manifestar sobre o caso, declarando em nota oficial: “A ESPM informa que Renê da Silva Nogueira Júnior não possui histórico acadêmico na instituição.” Esta declaração se soma às negativas anteriores da Universidade Harvard e da PUC-Rio.
* A Universidade Harvard, localizada em Cambridge (EUA), foi a primeira a desmentir a informação, afirmando através de comunicado: “Não temos registro de nenhum indivíduo com esse nome e data de nascimento que tenha se formado em Harvard”
* A PUC-Rio também se pronunciou, negando que Renê Júnior tenha realizado graduação ou mestrado em Administração de Empresas (MBA) na instituição
* Apesar das negativas, o suspeito mantém em seu perfil no LinkedIn todas essas formações, além de se apresentar como diretor de Negócios de uma rede de alimentos, afirmando ter sido contratado recentemente
Em sua biografia profissional, Renê Júnior se apresenta com diversos títulos executivos, incluindo “CEO”, “vice-presidente” e “diretor executivo”, alegando possuir 27 anos de experiência no setor de alimentos e bebidas.
O caso do assassinato do gari Laudemir está próximo de ser concluído pela polícia. O inquérito conta com reconhecimento de testemunhas oculares e evidências em vídeo que mostram o veículo de Renê Júnior no local do crime momentos antes do disparo. A polícia solicitou a quebra do sigilo telefônico e dos dados do veículo BYD utilizado no crime.
A arma do crime, uma pistola calibre .380 encontrada na residência do suspeito, pertence à sua esposa, a delegada Ana Paula Balbino Nogueira, única proprietária registrada da arma. O crime ocorreu na manhã de segunda-feira (11), no bairro Vista Alegre, região Oeste de Belo Horizonte, quando Laudemir foi atingido no abdômen após uma discussão no trânsito.
Renê Júnior permanece detido por tempo indeterminado no presídio de Caeté, enquanto as investigações prosseguem para esclarecer todos os aspectos do crime que chocou a capital mineira.