O empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, acusado de assassinar o gari Laudemir de Souza Fernandes em Belo Horizonte, demonstra arrependimento após confessar o crime, segundo seu novo advogado. A mudança de postura ocorre após dias de detenção e uma alteração em sua equipe de defesa.
O criminalista Dracon Luiz Cavalcante Lima, que assumiu recentemente a defesa do empresário, revelou detalhes sobre o atual estado emocional de seu cliente e os próximos passos do processo legal.
* A confissão do crime ocorreu esta semana, quando Renê Júnior admitiu ter disparado contra o gari, alegando que o tiro foi acidental após um desentendimento no trânsito
* No mesmo dia da confissão, a equipe anterior de advogados abandonou o caso
* O inquérito policial teve prazo prorrogado por 10 dias e deve ser concluído na próxima semana
“Tivemos os primeiros contatos com Renê nesta semana. Estamos esperando a conclusão do inquérito, com as perícias e investigações. Como ele está preso, a Polícia Civil tem um prazo, que foi prorrogado por 10 dias e deve se encerrar na próxima semana”, afirmou Cavalcante.
O novo defensor enfatizou que a estratégia de defesa será definida após a conclusão do inquérito, garantindo uma abordagem respeitosa: “O que posso garantir é que não vamos agredir ou menosprezar ninguém na defesa do Renê. Vamos avaliar as circunstâncias, como se deu o fato, para definir a estratégia”.
Segundo o advogado, a mudança de comportamento de Renê Júnior é notável. “Renê vinha de um patamar melhor em termos de estilo de vida quando foi preso. No sistema prisional, se sentiu acuado, ficou com medo, e a primeira reação foi mentir e negar o que tinha acontecido. Mas, após dias presos, a ficha caiu e ele está arrependido. Ele está ciente e sabe que vai pagar pelo que fez”, relatou Cavalcante.
O advogado também destacou o lado emocional de seu cliente: “Muitas pessoas tiveram a impressão de que ele é um cara arrogante, mas não é isso, ele é muito humilde. Esta semana chorou e disse que gostaria de pedir perdão”.