O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), manifestou-se a favor da saída do Brasil do BRICS, bloco econômico que inclui Rússia, Índia, China e África do Sul, além dos novos membros adicionados recentemente como Egito, Emirados Árabes, Irã, Etiópia, Arábia Saudita e Indonésia.
Em artigo publicado na “Folha de S.Paulo” nesta quinta-feira (31), Zema estabeleceu uma relação direta entre a participação do Brasil no BRICS e a recente decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aumentar as tarifas sobre produtos brasileiros.
O governador mineiro apresentou diversos argumentos para justificar sua posição:
* Criticou o que chamou de “alinhamento errático” da política externa brasileira, afirmando: “Boa parte da culpa pelo tarifaço que enfrentamos hoje tem origem justamente nesse alinhamento errático”
* Defendeu a entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), lembrando que em 2022 o país havia recebido aval para iniciar o processo de adesão
* Expressou críticas ao atual governo, declarando: “Mas o PT, de volta ao governo, imediatamente enterrou essa possibilidade. Preferiram voltar a fortalecer o Brics”
Em sua argumentação, Zema também fez críticas diretas à composição do BRICS, caracterizando alguns de seus membros como “regimes autoritários”. O governador enfatizou que o Brasil não deveria basear suas relações econômicas em questões ideológicas, afirmando: “Não precisamos nos apoiar em regimes autoritários para sermos ouvidos. E muito menos nos submeter ao papel de porta-voz de um bloco ideológico recheado de ditaduras”.