As circunstâncias do acidente que resultou na morte de Diogo Jota e seu irmão André Silva na madrugada de quinta-feira (03) estão gerando controvérsia. Enquanto o relatório preliminar da Guarda Civil da Espanha indica excesso de velocidade como fator determinante, testemunhas oculares apresentam uma versão diferente dos fatos.
O acidente ocorreu por volta das 00h30 (horário local) no quilômetro 65 da rodovia A-52, próximo à cidade de Cernadilla, a aproximadamente 335 km de Madri. A Lamborghini Huracán conduzida pelos irmãos saiu da pista, colidiu e explodiu.
* O relatório oficial sugere que o veículo excedeu os limites de velocidade durante uma ultrapassagem, possivelmente causando o estouro de um pneu e a consequente perda de controle.
* José Azevedo, caminhoneiro que frequentemente utiliza a via, contestou essa versão: “A família tem a minha palavra de que eles não estavam em alta velocidade. Eu pude ver a marca e a cor do carro quando eles passaram por mim. Eles estavam dirigindo com muita calma”.
* Um segundo caminhoneiro, colega de Azevedo, confirmou o relato, afirmando que a condução estava adequada às condições da via. Este tentou prestar socorro, mas foi impedido pela gravidade do acidente e do incêndio.
O Subsetor de Trânsito da Guarda Civil ainda não finalizou o laudo técnico oficial. Embora fontes da corporação indiquem que o automóvel estaria a cerca de 120 km/h, a confirmação depende da conclusão das análises periciais, incluindo o estudo das marcas de frenagem.
Rute Cardoso, viúva do atacante do Liverpool, informou que os irmãos viajavam para Santander, de onde embarcariam para a Inglaterra. A opção pelo transporte terrestre foi motivada por recomendação médica, já que Diogo Jota se recuperava de uma cirurgia nos pulmões e estava impossibilitado de viajar de avião.