Simões sobre tarifas de Trump: ‘Há pouco a ser feito diretamente pelos estados’

Simões sobre tarifas de Trump: ‘Há pouco a ser feito diretamente pelos estados’

Vice-governador critica condução federal da crise e alerta para risco de 187 mil empregos em MG; Tarcísio tenta negociação paralela e gera atrito com Eduardo Bolsonaro

O anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a imposição de tarifas de 50% contra produtos brasileiros gerou preocupação no governo de Minas Gerais. O vice-governador Mateus Simões (Novo) afirmou que há limitações nas ações que podem ser tomadas pelos governadores para contornar a situação.

Em entrevista à CNN Money, Simões explicou que o estado busca alternativas para minimizar os impactos das tarifas, incluindo a abertura de novos mercados para produtos mineiros originalmente destinados aos EUA. No entanto, ressaltou que negociações diretas com a Casa Branca não são atribuição dos governos estaduais.

O vice-governador criticou a condução das negociações pelo governo Lula, destacando que “Temos um Itamaraty muito competente, mas lugar de discutir diplomacia é nos canais diplomáticos. Não é no Twitter, seja de uma parte ou de outra. Precisamos ter muito cuidado nessa hora”.

Impactos econômicos em Minas Gerais

Um estudo realizado pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) revelou dados preocupantes sobre os possíveis impactos das tarifas:

* No curto prazo (1 a 2 anos), prevê-se a perda de 58 mil empregos e redução de R$ 982 milhões na massa salarial
* No longo prazo (5 a 10 anos), as tarifas podem afetar até 187 mil postos de trabalho, formais e informais
* O impacto pode resultar em uma redução de até R$ 3,16 bilhões no rendimento das famílias mineiras

Articulações políticas

Enquanto isso, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tem buscado negociações diretas com o governo americano. Suas ações incluíram:

* Reunião com o ex-presidente Jair Bolsonaro em Brasília
* Encontro com o representante da embaixada dos EUA, Gabriel Escobar
* Reunião fechada com empresários e Escobar no Palácio dos Bandeirantes

Esta movimentação gerou críticas do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), que acusou Tarcísio de “subserviência servil” ao empresariado brasileiro.

As tarifas anunciadas por Trump através de uma “carta” pública ao presidente Lula devem entrar em vigor em breve, gerando apreensão nos setores produtivos brasileiros.

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