A Rússia, sob comando de Vladimir Putin, intensificou significativamente seus ataques com drones de longo alcance contra a Ucrânia em junho, registrando um aumento de 36,8% em comparação com maio. O número recorde de 5.438 drones de ataque representa o maior volume desde o início da invasão em 2022.
Os dados divulgados diariamente pelo Exército ucraniano revelam uma escalada preocupante nos ataques aéreos russos, que incluem investidas noturnas contra Kiev, excluindo-se os drones utilizados diretamente na linha de frente de batalha.
* A Força Aérea russa não se limitou apenas aos drones, disparando também 236 mísseis em ataques noturnos durante junho, mais que dobrando o número em relação a maio.
* Moscou adotou uma estratégia de ataques combinados, utilizando drones regulares e drones “iscas” para sobrecarregar e confundir as defesas antiaéreas ucranianas, que precisam proteger uma extensa área territorial.
* Vladimir Putin declarou durante uma reunião televisionada que aproximadamente 50% dos ataques que “destruíram e danificaram equipamentos e instalações” na Ucrânia foram realizados com drones, afirmando que “sua eficácia não para de crescer”.
Desde fevereiro de 2022, quando a invasão teve início, a Ucrânia tem sido alvo constante de bombardeios russos, resultando em milhares de vítimas civis, entre mortos e feridos. Em resposta, Kiev tem solicitado aos Estados Unidos e aliados o reforço dos sistemas de defesa aérea para proteger infraestruturas críticas.
Apesar da intensificação dos ataques em junho, as defesas ucranianas conseguiram interceptar 86% dos drones e mísseis russos, um aumento de 5% em comparação com maio. No entanto, avaliar o impacto real desses ataques permanece um desafio, pois a Ucrânia raramente divulga detalhes sobre os alvos atingidos.