As queimadas no Brasil apresentaram uma redução significativa no primeiro semestre de 2025, com uma diminuição de 65,8% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Segundo dados divulgados pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, a área total atingida foi de aproximadamente 1 milhão de hectares, em contraste com os 3,1 milhões de hectares registrados em 2024.
O Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) apresentou dados detalhados sobre a redução das queimadas por bioma:
* O Pantanal registrou a maior queda, com uma redução impressionante de 97,8% nas áreas queimadas, passando de 607,9 mil hectares em 2024 para apenas 13,4 mil hectares em 2025.
* Na Amazônia, a diminuição foi de 75,4%, demonstrando um avanço significativo na preservação do bioma.
* A Mata Atlântica e o Cerrado também apresentaram resultados positivos, com reduções de 69,7% e 47%, respectivamente.
* Em contrapartida, o Pampa e a Caatinga registraram aumentos nas áreas queimadas, com crescimento de 38,2% e 10,2%, respectivamente, em comparação com 2024.
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) corroborou estes dados através do Sistema BDQueimadas, que detectou 19.277 focos de calor no primeiro semestre de 2025, uma redução de 46,4% em comparação aos 35.938 pontos registrados no mesmo período de 2024.
O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima ressaltou o impacto das alterações climáticas como fator intensificador das condições favoráveis aos incêndios. Em resposta, o governo federal implementou diversas medidas preventivas e de combate.
“Prevenir e combater os incêndios é prioridade absoluta do governo do presidente Lula, que no último ano trabalhou incansavelmente junto a estados, municípios, academia, setor privado e sociedade civil para implementar um modelo de governança do fogo à altura do desafio imposto pelo aquecimento global”, afirmou o ministério.
Entre as ações governamentais implementadas, destacam-se o aumento de 26% no número de brigadistas, totalizando 4.385 profissionais, a destinação de R$ 405 milhões do Fundo Amazônia para apoiar os Corpos de Bombeiros na Amazônia Legal, e a criação da Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, fortalecendo a articulação entre diferentes setores da sociedade.