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Ataques russos na Ucrânia resultaram em pelo menos 25 mortes de civis nesta terça-feira (29), incluindo uma mulher grávida de 23 anos e mais de dez prisioneiros. O incidente ocorreu após Washington pressionar a Rússia para encerrar a invasão, com aproximadamente 50 pessoas feridas no total.
Os bombardeios aconteceram um dia depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deu ao presidente russo Vladimir Putin um prazo reduzido de “10 ou 12 dias”, em vez dos 50 anteriormente estabelecidos, para encerrar a invasão à Ucrânia, sob ameaça de sanções.
* Um ataque russo atingiu uma colônia penal na região de Zaporizhzhia, no sul do país, que o presidente Volodimir Zelensky classificou como “deliberado e intencional”. No momento do ataque, havia 274 detentos ucranianos e 30 funcionários no local.
* Na região de Kharkiv, no nordeste, os ataques russos resultaram em seis mortes, enquanto na região de Dnipropetrovsk, no centro do país, outras três pessoas morreram, incluindo uma mulher grávida. Um hospital também foi danificado na mesma área.
* A Força Aérea Ucraniana reportou que a Rússia lançou dois mísseis e 37 drones durante a madrugada, dos quais 32 foram interceptados.
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, negou que “alvos civis” estivessem sendo atacados, afirmando que o Exército russo apenas ataca “infraestruturas militares ou relacionadas ao Exército”. O Ministério da Justiça da Ucrânia divulgou imagens mostrando os destroços na colônia penal de Bilenkivska, com janelas destruídas e tijolos espalhados.
O chefe da administração presidencial ucraniana, Andrii Yermak, declarou na rede social X que “o regime de Putin, que também faz ameaças aos Estados Unidos através de seus porta-vozes, deve enfrentar medidas econômicas e militares que o prive de sua capacidade de fazer guerra”.
Apesar dos ataques, o Kremlin assegurou que mantém o “compromisso com um processo de paz”, embora Peskov tenha ressaltado que a Rússia continuará “preservando seus interesses”. Moscou exige que Kiev ceda quatro regiões, além da Crimeia, anexada em 2014, e desista de aderir à Otan.
